Seguidores

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Um Manifesto

Militar não pode fazer greve, "ok", mas, também, não podia fazer golpe de estado!

Greve é um direito! Principalmente, de quem passa fome!

Se não puniram os militares ditadores e torturadores, por que punem os que fazem greve por causa da fome?

Se é para por militar grevista em prisão de segurança máxima, "cadê" os que assassinaram o Herzog?

Se é para punir os militares grevistas, "cadê" a comissão da verdade para punir os que quebraram a ordem constitucional?

Como um governo pressiona com a injustiça e, depois, vem pedir que se mantenha a ordem?

Temos de romper com esses tiranos que promovem o massacre e a injustiça enquanto se travestem de democratas.

Exijamos a democracia, que só combina com a justiça, com distribuição de renda, com reforma agrária, com salários justos e com dignidade humana.

Vamos mostrar com o nosso voto e protesto pacífico, o que pensamos dessa raça de víboras, que massacra aos pobres e depois vem pedir votos.

Deploramos esses governadores que estão acabando com os pobres, quando deveriam acabar com as causas da pobreza.

Irmãos, ao invés de praticar um ateísmo travestido de teologia inerte, que só faz zombar de quem tem fé, rompamos com esses déspotas escondidos em partidos, na prática, neo-fascistas, fingindo ser democratas.

Nós queremos reformas, não queremos um sistema eleitoral que só faz manter a realidade coronelista que vige há 500 anos.

Queremos votar em quem a gente conhece e não em quem mais aparece, catapultado pelo poder econômico.

Queremos uma república de cidadãos, onde cada cidadão seja, de fato, eleitor. Não uma república que esconde uma pretensa nobreza que não tem nem direito, nem lugar.

Queremos educação eficaz e gratuita; queremos saúde pública de qualidade e, em quantidade, não queremos filas, queremos vagas; queremos o fim do trabalho escravo e do escravo do trabalho; queremos justiça e igualdade; queremos políticas afirmativas para as mulheres, para os pobres e para os descendentes dos escravos, até que a justiça corra como um rio que nunca seca.

Queremos acesso à moradia, como direito.

Não queremos governantes que, além de nos desalojarem com se fossemos lixo humano, ainda permitem a especulação imobiliária em nossas cidades, de modo que prédios inteiros, de endividados com o erário público ficam vazios esperando o próximo "boom imobiliário", ao invés de sofrerem desapropriação social, para prover habitação a um sem número de sem-tetos.

Nós queremos reformas, não queremos um congresso de privilegiados que vivem nababescamente às custas do trabalhador, queremos um congresso que nos represente, que viva no padrão da maioria do povo brasileiro.

Queremos transparência, queremos ser quem elenca as prioridades do governo, e quem possui o mandato dos nossos representantes.

Queremos um judiciário de que possamos nos orgulhar, com acesso fácil e gratuito à justiça.

Não queremos juízes pomposos, que se pensam e tentam parecer deuses, a quem só podemos emprestar a nossa desconfiança e medo, assim como a angústia de quem entende jamais poder contar com a justiça, porque esta sói sorrir apenas para os detentores do poder econômico e político.

Queremos uma estado de direito onde a vida humana seja mais importante do que o mero patrimônio.

Queremos um estado de direito onde os crimes econômicos que promovem a miséria, e lesam a nação, sejam apurados com rigor, e onde tais criminosos sejam tratados como tal.

Queremos um sistema penitenciário que corrija o transgressor sem transigir com a sua dignidade.

Queremos acesso à informação, deploramos uma mídia vendida, uma mídia "chapa branca" que nunca investiga, e que, ao invés de ser fator de derrubada de maus políticos, permite que os maus políticos derrubem os bons jornalistas e manipulem a história.

Queremos o fim do monopólio na comunicação. Queremos o fim das redes nacionais. Queremos que, nesse país continente, nossas regionalidades sejam reconhecidas e publicizadas. Não somos gado!

Não queremos um país que tenha os mais glamourosos milionários, queremos um país que eliminou a miséria e a pobreza.


Não queremos apenas um grande PIB - produto interno bruto, queremos uma grande FIB - felicidade interna básica.

A humanidade é responsável por escolher o bem. A divindade está pronta para nos ajudar, mas, não decidirá por nós.©ariovadoramos